Insights Editage
Nesta seção, o Dr. Eddy explica o básico da publicação em periódicos de língua inglesa, compartilhando o conhecimento que ele construiu em anos de experiência como pesquisador. Leia as dicas do Dr. Eddy para ter sucesso na publicação.
As razões mais comuns para rejeição por periódicos
Colaboradores
Rejeição é a norma em publicações acadêmicas. Mesmo pesquisadores no topo de seu campo já sofreram rejeição.
Diversos estudos revisados por pares têm investigado as razões pelas quais os periódicos rejeitam artigos. A seguir serão apresentadas as razões mais comuns de rejeição citadas nestes estudos.1-13
Falta de originalidade, novidade ou significância
Muitos autores tendem a citar que "isso nunca foi estudado antes" como razão para explicar por que seu artigo é significativo. Isso não é bom o bastante, o estudo precisa ser colocado em um contexto mais amplo. Os autores devem dar razões específicas do por quê a pesquisa é importante. Por exemplo, a pesquisa pode afetar uma intervenção médica particular, pode ter influência sobre uma discussão política específica, ou pode mudar a teoria ou crença convencional.
Incompatibilidade com o periódico
Falhas no desenho do estudo
Mesmo um artigo bem escrito não mascara falhas no planejamento da pesquisa. Na verdade, esse é um problema fundamental que deve ser resolvido nas fases iniciais do estudo, durante a conceitualização. A melhor maneira de se proteger contra tais falhas é fazer uma revisão de literatura completa para determinar as melhores metodologias e práticas para a sua pesquisa.
Diversos estudos revisados por pares têm investigado as razões pelas quais os periódicos rejeitam artigos. A seguir serão apresentadas as razões mais comuns de rejeição citadas nestes estudos.1-13
Falta de originalidade, novidade ou significância
- Os resultados não são generalizáveis
- Uso de métodos que se tornaram obsoletos por causa de novas tecnologias ou técnicas
- Análises secundárias que estendem ou replicam resultados publicados sem adição de conhecimento substancial
- Estudos que relatam conhecimento já conhecido, mas o posicionam como novidade estendendo-os para uma nova geografia, população, ou configuração cultural
- Resultados que são banais, previsíveis, ou triviais
- Resultados que não têm implicações clínicas, teóricas ou práticas
Muitos autores tendem a citar que "isso nunca foi estudado antes" como razão para explicar por que seu artigo é significativo. Isso não é bom o bastante, o estudo precisa ser colocado em um contexto mais amplo. Os autores devem dar razões específicas do por quê a pesquisa é importante. Por exemplo, a pesquisa pode afetar uma intervenção médica particular, pode ter influência sobre uma discussão política específica, ou pode mudar a teoria ou crença convencional.
Incompatibilidade com o periódico
- Resultados que são de interesse de um público muito restrito ou especializado que o periódico não atende especificamente
- Manuscritos que se encontram fora dos objetivos pretendidos e do escopo do periódico
- Temas que não são de interesse para os leitores do periódico
- Manuscritos que não seguem o formato especificado pelo periódico (por exemplo, estudo de caso submetido a um jornal que afirma explicitamente que não publica estudos de casos)
Falhas no desenho do estudo
- Questão de pesquisa mal formulada
- Conceituação pobre da abordagem para responder à questão de pesquisa
- Escolha de um método fraco ou não confiável
- Escolha de um método incorreto ou de um modelo que não é adequado para o problema a ser estudado
- Análise estatística inadequada
- Dados não fiáveis ou incompletos
- Instrumentos inadequados ou de qualidade inferior
- Amostra pequena ou inadequadamente escolhida
Mesmo um artigo bem escrito não mascara falhas no planejamento da pesquisa. Na verdade, esse é um problema fundamental que deve ser resolvido nas fases iniciais do estudo, durante a conceitualização. A melhor maneira de se proteger contra tais falhas é fazer uma revisão de literatura completa para determinar as melhores metodologias e práticas para a sua pesquisa.
Escrita e organização ruins
Preparação inadequada do manuscrito
No entanto, todos os problemas nesta categoria são facilmente solucionáveis, seja pedindo a um amigo que fala Inglês nativo ou um colega de trabalho para rever o artigo ou fazendo com que ele seja profissionalmente editado e formatado.
- Descrição inadequada dos métodos
- Discussão que só repete os resultados, mas não interpreta-os
- Explicação insuficiente para justificar o estudo
- Revisão de literatura insuficiente
- Conclusões que não parecem ser suportadas pelos dados do estudo
- Falha em colocar o estudo em um contexto mais amplo
- Introdução que não estabelece o contexto do problema estudado
Preparação inadequada do manuscrito
- Não seguir as instruções para autores do periódico
- Frases que não são claras e concisas
- Título, resumo e/ou carta de apresentação que não são persuasivos
- Prolixidade e uso excessivo de jargões
- Grande número de erros por descuidos como os gramaticais ou ortográficos
- Tabelas ou Figuras mal projetadas
No entanto, todos os problemas nesta categoria são facilmente solucionáveis, seja pedindo a um amigo que fala Inglês nativo ou um colega de trabalho para rever o artigo ou fazendo com que ele seja profissionalmente editado e formatado.
Motivos de rejeição não relacionados com a qualidade do manuscrito
Baixa qualidade do manuscrito não é a única razão para a rejeição. Alguns dos principais fatores que também podem afetar as decisões do jornal são: 8,11,16,17
Limitações de espaço: não é incomum que periódicos rejeitem manuscritos de alta qualidade, e a principal razão para isso é a falta de espaço. Periódicos desejam publicar uma variedade de tópicos que representam todo o seu escopo. Os editores de periódicos impressos, especialmente, tem que escolher quais artigos publicar, uma vez que só podem publicar um número limitado. Periódicos de livre acesso são menos limitados por este aspecto, uma vez que o espaço não é um grande problema para eles.
Qualidade e experiência dos pares revisores: a qualidade da revisão por pares varia muito de acordo com sua experiência profissional, formação acadêmica, interesse de pesquisa, etc.
Volume de submissões: por razões óbvias, os periódicos que atraem um grande número de inscrições também rejeitam um grande número de manuscritos. Por exemplo, a Nature recebe 10 mil pedidos por ano, fazendo com que a rejeição de manuscritos de alta qualidade seja inevitável.
Tomada de decisão política do Periódico:isso varia muito entre os periódicos. Por exemplo, alguns seguem a política de rejeitar qualquer manuscrito que exija grandes revisões, enquanto outros poderão fazer mais uma rodada de revisões, se não tiverem certeza da qualidade do manuscrito.
O editor do periódico está à procura de algo específico em um determinado momento: às vezes, os editores do periódico podem querer publicar um número temático ou podem estar interessados em um tema em destaque, caso em que tendem a aceitar mais trabalhos com foco em determinado tópico.
O periódico recebe mais do que uma apresentação sobre o mesmo tema: Nesses casos, o periódico pode muito bem optar por publicar apenas um dos manuscritos, rejeitar o outro por nenhuma outra razão além de que eles já têm um artigo sobre um tema semelhante.
Conclusão
Há muitas razões para que os periódicos rejeitem manuscritos para a publicação, alguns devido à qualidade da pesquisa ou manuscrito, outros devido a razões completamente evitáveis como a incompatibilidade com o periódico. Além disso, não é raro para periódicos rejeitarem manuscritos de alta qualidade simplesmente por causa de restrições de espaço ou outros problemas. As razões dadas acima são algumas das mais comuns para a rejeição, mas elas não são as únicas. Outras razões incluem publicações “salami”, não-conformidade com as políticas de ética e plágio.
Baixa qualidade do manuscrito não é a única razão para a rejeição. Alguns dos principais fatores que também podem afetar as decisões do jornal são: 8,11,16,17
Limitações de espaço: não é incomum que periódicos rejeitem manuscritos de alta qualidade, e a principal razão para isso é a falta de espaço. Periódicos desejam publicar uma variedade de tópicos que representam todo o seu escopo. Os editores de periódicos impressos, especialmente, tem que escolher quais artigos publicar, uma vez que só podem publicar um número limitado. Periódicos de livre acesso são menos limitados por este aspecto, uma vez que o espaço não é um grande problema para eles.
Anedota de um editor de periódico
“Recebi um relatório de um respeitado economista, que disse na carta para mim: ‘Escrevi um relatório leve porque o autor é, obviamente, inexperiente e muito júnior, e eu não quero desanimá-lo. Mas não se enganem: este artigo não faz nenhuma contribuição e vocês não devem incentivar uma revisão" O autor do artigo, que eu rejeitei, já tinha ganhado um prêmio Nobel de economia”8
“Recebi um relatório de um respeitado economista, que disse na carta para mim: ‘Escrevi um relatório leve porque o autor é, obviamente, inexperiente e muito júnior, e eu não quero desanimá-lo. Mas não se enganem: este artigo não faz nenhuma contribuição e vocês não devem incentivar uma revisão" O autor do artigo, que eu rejeitei, já tinha ganhado um prêmio Nobel de economia”8
Volume de submissões: por razões óbvias, os periódicos que atraem um grande número de inscrições também rejeitam um grande número de manuscritos. Por exemplo, a Nature recebe 10 mil pedidos por ano, fazendo com que a rejeição de manuscritos de alta qualidade seja inevitável.
Tomada de decisão política do Periódico:isso varia muito entre os periódicos. Por exemplo, alguns seguem a política de rejeitar qualquer manuscrito que exija grandes revisões, enquanto outros poderão fazer mais uma rodada de revisões, se não tiverem certeza da qualidade do manuscrito.
O editor do periódico está à procura de algo específico em um determinado momento: às vezes, os editores do periódico podem querer publicar um número temático ou podem estar interessados em um tema em destaque, caso em que tendem a aceitar mais trabalhos com foco em determinado tópico.
O periódico recebe mais do que uma apresentação sobre o mesmo tema: Nesses casos, o periódico pode muito bem optar por publicar apenas um dos manuscritos, rejeitar o outro por nenhuma outra razão além de que eles já têm um artigo sobre um tema semelhante.
Conclusão
Há muitas razões para que os periódicos rejeitem manuscritos para a publicação, alguns devido à qualidade da pesquisa ou manuscrito, outros devido a razões completamente evitáveis como a incompatibilidade com o periódico. Além disso, não é raro para periódicos rejeitarem manuscritos de alta qualidade simplesmente por causa de restrições de espaço ou outros problemas. As razões dadas acima são algumas das mais comuns para a rejeição, mas elas não são as únicas. Outras razões incluem publicações “salami”, não-conformidade com as políticas de ética e plágio.
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